O ônibus pára. Sobe uma mulatinha, toda vaidosa. Roupa nova, cabelo penteado, perfume. Ela senta ao lado do loirinho do banco bem na minha frente. Ele olha para a rua, enquanto ela foca no corredor. Ninguém invadindo a área de ninguém. Tudo dentro dos princípios da moral e ética dos transportes públicos.
Três pontos depois, uma mão na coxa. Espanto, sorriso, "cheiro". Beijo. Língua. Saliva.
Mais beijo.
Mais.
-Você vai pra onde?
Os dois descobrem que iam para lugares bem próximos. Ele levanta e puxa a cordinha. Nem se despede.
Ela salta no ponto seguinte.
Sem nomes.
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
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