sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

quatrocentos e vinte e seis

Consulta médica

― Dr. Google, não estou me sentindo bem.
― O que você sente, especificamente?
― Sinto sintoma 1, sintoma 2 e sintoma 3.
― Então acho que é um caso de doença A.
― Não é doença A. Já tomei remédio pra doença A e não adiantou.
― Então provavelmente é doença B.
― Também não. Não sinto o sintoma 4 e ele é um dos sintomas básicos.
― Vamos fazer um exame pra doença C então.
― Nem adianta. Também já tomei os medicamentos que tratam a doença C e eu continuo me sentindo mal.
― Então é hipocondria. Passar bem.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

quatrocentos e vinte e cinco

Covardia

Dizem que suicídio é covardia... Tem gente que é tão covarde, mas tão covarde, que não tem coragem nem pra se matar.

sábado, 12 de dezembro de 2009

quatrocentos e vinte e quatro

Todo homem trai.

Menos o seu. Já reparou como isso é estranho? Basta conversar com qualquer homem (que não tenha a menor pretensão de te comer) que ele vai confirmar: ele já traiu e acha que faz parte do instinto masculino. Enquanto isso, o seu homem tá se esforçando ao máximo pra te convencer de que não é desse tipo, que ele é diferente. Pois é, você sempre se relaciona com os diferentes. ¬¬

Aí o seu homem reclama do axioma do homem infiel. Ele diz que é uma generalização e que não reflete o todo. Beleza, mas os homens deveriam ter isso em mente no momento em que optam por invadir o espaço pessoal da biscate qualquer. Ou no momento em que dão o tapinha nas costas do amigo que acabou de meter um par de chifres na namorada que ficou em casa. Depois levam a fama e reclamam da vida porque se apaixonam exatamente pelas mulheres que não acreditam neles. Pagam pelo que fazem. E pagam pouco, hein.

Não seria mais prático se todos os homens admitissem logo que não conseguem ser monogâmigos em vez de alimentar tantas mentiras pela vida inteira? Pelo menos teríamos a oportunidade de nos adaptar à realidade. Nem que fosse trocando de lado.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

quatrocentos e vinte e três

Fracasso total

Senti um negócio frio encostando no meu pescoço:

"Perdeu! Perdeu!"

"Perdi?!?!"

"Passa tudo, fica quietinha, passa tudo!"

"Tudo?!?!"

"Tudo, porra!"


Foi assim que eu perdi o meu guarda-chuva e o encarte da Casa & Vídeo.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

quatrocentos e vinte e dois

Crise existencial de novo

De repente... BOOM! Estoura uma crise existencial daquelas. Tô me sentindo um pacote de Fandangos no meio do oceano. E aí não tem horóscopo, nem teste vocacional, nem mesmo fluoxetina que dê jeito. O que eu tô fazendo? Pra onde eu tô indo? Sempre falei que sabia o que estava fazendo, mas devo admitir que não sei. Faltam certezas e elas são fundamentais. Sinto falta de um esboço de realização do passado, ofuscado pelas condições desfavoráveis. Aquilo fazia sentido. A gente sabe reconhecer quando está no lugar certo, no caminho certo. O caminho errado é o da dúvida. A gente segue, sem saber onde vai dar. Mas segue. Por falta de opção, por falta de respostas, ou por inércia mesmo. Nem me reconheço mais. Não sei se ainda existo ou se me transformei definitivamente num robô. Logo eu!

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

quatrocentos e vinte e um

Teoria da árvore de natal

Por falar em natal, andei pensando sobre as decorações de natal e do quanto elas refletem o status de uma família. Lembro da minha infância com crianças correndo, um monte de adulto conversando na sala... Enfim, casa cheia. A árvore era enorme, toda decorada. Haviam enfeites espalhados por todos os cantos da casa. Era uma família grande e o natal era uma oportunidade de curtir os entes queridos.

Aí nego começou a morrer e a família foi se afastando. Reparei que a árvore de natal se reduziu a 1/3 do tamanho original. Os enfeites não eram mais tão numerosos. Nem os pratos da ceia do dia 24.

Pessoas solitárias não se importam com enfeites de natal e não montam sequer uma pequena árvore, só para simbolizar ou whatever. Famílias jovens, ainda vivendo na pindaíba, chegam a se preocupar em decorar a casa, mas o tamanho da árvore tem que acompanhar o orçamento, que ainda é miúdo.

Portanto, para saber o status financeiro/afetivo da unidade familiar de alguém, basta avaliar a decoração de natal da residência do sujeito.

quatrocentos e vinte

Novos padrões familiares?

Toda vez que vejo algum outdoor da campanha de natal dos supermercados Guanabara tem sempre alguma coisa que me incomoda. Hoje, graças a um acidente de ônibus, pude avaliar por um bom tempo uma das peças da campanha:

2 homens + crianças + natal

Sério, se não se tratasse dos cantores sertanejos Daniel e Leonardo, conhecidos publicamente como héteros, eu diria que o objetivo era retratar uma família gay, para quebrar o paradigma da família perfeitinha, de papai-mamãe-filhinhos-cachorro. Mas como nenhum dos dois é gay (pelo menos não publicamente), acho que foi falha do publicitário mesmo. Seja lá qual tenha sido a mensagem que ele quis passar, algo se perdeu no meio do caminho.

Uma das peças da campanha esquisita. Os outdoors mostram os dois cantores com uma ou duas crianças, como se fosse uma família.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

quatrocentos e dezenove

Promessa é dívida

Depois volto com mais calma pra fazer uma retrospectiva pessoal da década que se aproxima do fim. Deixa o período acabar primeiro.

Aguardemmmmmm.