sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

quatrocentos e vinte e seis

Consulta médica

― Dr. Google, não estou me sentindo bem.
― O que você sente, especificamente?
― Sinto sintoma 1, sintoma 2 e sintoma 3.
― Então acho que é um caso de doença A.
― Não é doença A. Já tomei remédio pra doença A e não adiantou.
― Então provavelmente é doença B.
― Também não. Não sinto o sintoma 4 e ele é um dos sintomas básicos.
― Vamos fazer um exame pra doença C então.
― Nem adianta. Também já tomei os medicamentos que tratam a doença C e eu continuo me sentindo mal.
― Então é hipocondria. Passar bem.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

quatrocentos e vinte e cinco

Covardia

Dizem que suicídio é covardia... Tem gente que é tão covarde, mas tão covarde, que não tem coragem nem pra se matar.

sábado, 12 de dezembro de 2009

quatrocentos e vinte e quatro

Todo homem trai.

Menos o seu. Já reparou como isso é estranho? Basta conversar com qualquer homem (que não tenha a menor pretensão de te comer) que ele vai confirmar: ele já traiu e acha que faz parte do instinto masculino. Enquanto isso, o seu homem tá se esforçando ao máximo pra te convencer de que não é desse tipo, que ele é diferente. Pois é, você sempre se relaciona com os diferentes. ¬¬

Aí o seu homem reclama do axioma do homem infiel. Ele diz que é uma generalização e que não reflete o todo. Beleza, mas os homens deveriam ter isso em mente no momento em que optam por invadir o espaço pessoal da biscate qualquer. Ou no momento em que dão o tapinha nas costas do amigo que acabou de meter um par de chifres na namorada que ficou em casa. Depois levam a fama e reclamam da vida porque se apaixonam exatamente pelas mulheres que não acreditam neles. Pagam pelo que fazem. E pagam pouco, hein.

Não seria mais prático se todos os homens admitissem logo que não conseguem ser monogâmigos em vez de alimentar tantas mentiras pela vida inteira? Pelo menos teríamos a oportunidade de nos adaptar à realidade. Nem que fosse trocando de lado.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

quatrocentos e vinte e três

Fracasso total

Senti um negócio frio encostando no meu pescoço:

"Perdeu! Perdeu!"

"Perdi?!?!"

"Passa tudo, fica quietinha, passa tudo!"

"Tudo?!?!"

"Tudo, porra!"


Foi assim que eu perdi o meu guarda-chuva e o encarte da Casa & Vídeo.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

quatrocentos e vinte e dois

Crise existencial de novo

De repente... BOOM! Estoura uma crise existencial daquelas. Tô me sentindo um pacote de Fandangos no meio do oceano. E aí não tem horóscopo, nem teste vocacional, nem mesmo fluoxetina que dê jeito. O que eu tô fazendo? Pra onde eu tô indo? Sempre falei que sabia o que estava fazendo, mas devo admitir que não sei. Faltam certezas e elas são fundamentais. Sinto falta de um esboço de realização do passado, ofuscado pelas condições desfavoráveis. Aquilo fazia sentido. A gente sabe reconhecer quando está no lugar certo, no caminho certo. O caminho errado é o da dúvida. A gente segue, sem saber onde vai dar. Mas segue. Por falta de opção, por falta de respostas, ou por inércia mesmo. Nem me reconheço mais. Não sei se ainda existo ou se me transformei definitivamente num robô. Logo eu!

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

quatrocentos e vinte e um

Teoria da árvore de natal

Por falar em natal, andei pensando sobre as decorações de natal e do quanto elas refletem o status de uma família. Lembro da minha infância com crianças correndo, um monte de adulto conversando na sala... Enfim, casa cheia. A árvore era enorme, toda decorada. Haviam enfeites espalhados por todos os cantos da casa. Era uma família grande e o natal era uma oportunidade de curtir os entes queridos.

Aí nego começou a morrer e a família foi se afastando. Reparei que a árvore de natal se reduziu a 1/3 do tamanho original. Os enfeites não eram mais tão numerosos. Nem os pratos da ceia do dia 24.

Pessoas solitárias não se importam com enfeites de natal e não montam sequer uma pequena árvore, só para simbolizar ou whatever. Famílias jovens, ainda vivendo na pindaíba, chegam a se preocupar em decorar a casa, mas o tamanho da árvore tem que acompanhar o orçamento, que ainda é miúdo.

Portanto, para saber o status financeiro/afetivo da unidade familiar de alguém, basta avaliar a decoração de natal da residência do sujeito.

quatrocentos e vinte

Novos padrões familiares?

Toda vez que vejo algum outdoor da campanha de natal dos supermercados Guanabara tem sempre alguma coisa que me incomoda. Hoje, graças a um acidente de ônibus, pude avaliar por um bom tempo uma das peças da campanha:

2 homens + crianças + natal

Sério, se não se tratasse dos cantores sertanejos Daniel e Leonardo, conhecidos publicamente como héteros, eu diria que o objetivo era retratar uma família gay, para quebrar o paradigma da família perfeitinha, de papai-mamãe-filhinhos-cachorro. Mas como nenhum dos dois é gay (pelo menos não publicamente), acho que foi falha do publicitário mesmo. Seja lá qual tenha sido a mensagem que ele quis passar, algo se perdeu no meio do caminho.

Uma das peças da campanha esquisita. Os outdoors mostram os dois cantores com uma ou duas crianças, como se fosse uma família.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

quatrocentos e dezenove

Promessa é dívida

Depois volto com mais calma pra fazer uma retrospectiva pessoal da década que se aproxima do fim. Deixa o período acabar primeiro.

Aguardemmmmmm.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

quatrocentos e dezoito

Retardatários

Final de período. Algo em torno de julho ou novembro. Sempre tem aquele sujeito que só aparece na xérox da faculdade nessa época do ano. E o que acontece? Ele passa hoooooooras lá, xerocando a porra toda. Tudo que ele poderia (e deveria) ter xerocado ao longo do período inteiro. Com isso, a fila fica enorme e isso atrasa a vida de um monte de gente que queria copiar 2 páginas, um documento ou um mísero formulário. Se você odeia esse sujeito sem-noção, aproveita a oportunidade, pois você está lendo um exemplar dessa espécie. Pode xingar, que eu deixo.

domingo, 22 de novembro de 2009

quatrocentos e dezessete

Desafio celular

Quando eu falo que tenho medo de envelhecer, não é apenas pelo fato de ver meu corpo murchando e ganhando cada vez mais marcas horrendas e tal. O grande pânico me ataca quando penso que o cérebro é uma máquina que pifa aos poucos.

Dei um celular pra minha mãe. Ela nunca teve um e tem medo de tecnologia. É o tipo de pessoa que acha que o computador liga e desliga pelo botão do monitor. Imaginei que ela não teria tanta dificuldade assim com o telefone móvel. E me enganei.

Ela saiu futucando o aparelho, de qualquer jeito, sem o menor critério. Conclusão: não paro de receber torpedos em branco e avisos de chamadas perdidas que ela teria efetuado. Já contei mais de 20 torpedos e prefiro nem retomar a conta. Fui olhar a agenda dela e tinha um monte de "fjdgs", "jxcdh" e afins. Parece que operar um telefone celular é mais difícil do que ousamos imaginar.

Como manter o cérebro funcionando ao longo dos anos? Será que é tão difícil assim?

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

quatrocentos e dezesseis

Ranking

Os homens mais bonitos do mundo, de acordo com a nacionalidade:

1º lugar: Italianos
2º lugar: Espanhóis
3º lugar: Portugueses
4º lugar: Argentinos
5º lugar: Mexicanos

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

quatrocentos e catorze

Alarme

Função soneca a(di)tivada.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

quatrocentos e treze

Considerações sobre os profissionais e instituições de educação

Lá vamos nós para a década de 10 e as instituições de ensino estão muito longe de se adaptarem à realidade que vivemos.

Não faz muito tempo que a vida não era em função dos computadores. Ainda resta alguma lembrança remota do funcionamento de uma rotina naqueles tempos que nunca mais voltarão. Lembro que o dia se dividia em blocos de atividades: estudo, lazer e descanso. Era assim porque eu era criança, né? Os adultos tinham o bloco de trabalho e normalmente não tinham o do estudo. Até porque naquela época não se estudava tanto, muito menos depois da vida adulta.

Hoje, um dia de atividades é situado entre o ligar e o desligar da máquina. As atividades são realizadas paralelamente a isso. Mas os profissionais de educação não querem aceitar a mudança. O fato é que acostumamos a gerenciar um fluxo muito mais intenso de informações, tornando a nossa relação com conteúdos algo muito mais rápido e intenso. O modelinho de sentar a bunda numa cadeira e passar horas e horas ouvindo historinhas de um professor, por mais qualificado que seja, não funciona mais. Não estimula, nem mesmo atinge as novas expectativas de conteúdo por hora.

Outro fator que não é levado em consideração são os transtornos emocionais. Todo mundo sabe que os casos de distúrbios emocionais não param de aumentar, mas esquecem que isso também afeta a vida escolar. Pessoas que passam meia década comprometidas a comparecer diariamente a uma instituição de ensino devem se considerar sortudas se concluem sua formação sem nenhum problema psicológico. Esse tipo de problema leva a situações complicadas, tais como síndrome do pânico, apatia e depressão, entre outras. Essas pessoas podem enfrentar dificuldade para atender às exigências de frequência, por exemplo. Porque ninguém consegue controlar os problemas emocionais por 75% do tempo, a fim de cumprir a carga horária estabelecida como ideal. Essa regra desconsidera completamente qualquer adversidade e muitos profissionais de educação ainda são rígidos quanto a ela. É como se a universidade fosse uma instituição que compartilha dados sigilosos, impossíveis de se ter acesso através de nenhum outro meio. Desculpa, mas temos TUDO na internet. Limitar as fontes de informação aceitáveis é um indício grave de alienação. Isso pra não entrar de novo no tópico dos professores carentes, que já falei em algum outro post.

Voltando às fontes de informação, outro ponto que se deve levar em conta é o autodidatismo. Os maiores gênios eram péssimos alunos, mas autodidatas esplêndidos. O filme Gênio Indomável é um bom exemplo desses casos. Como é que as instituições de ensino ainda não oferecem flexibilidade para que alunos que não dependem de atenção constante possam desenvolver seus conhecimentos? O molde do professor-babá se oficializou, porém não me parece o mais adequado para alunos com capacidades intelectuais normais. Com um mínimo de disciplina é possível concluir um curso de graduação sem necessariamente ser um expert no assunto. Um autodidata apaixonado por determinado tópico vai muito além e pode não conquistar o tal diploma se considerar a sala de aula como o ambiente mais hostil do mundo.

Nós, seres humanos, construímos um acervo de informação incrível, que está ao nosso alcance como nunca esteve. Se os profissionais e instituições de educação não compreenderem isso logo, vão perder completamente o meu respeito enquanto organizações de referência intelectual. E espero que não somente o meu. Não precisa de muito estudo pra perceber que o mundo girou.

quatrocentos e doze

Insônia

Dormir. Um negócio difícil.

Depois de 3 horas rolando na cama, tentando desligar um cérebro burro, que pensa que vai resolver toda uma vida nas poucas horas em que deveria estar desligado, chorar pode ser uma opção a se considerar.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

quatrocentos e onze

Madruga

Acho um absurdo obrigarem as pessoas a terem atividades às 7h da manhã. Principalmente porque a viagem é longa pra grande maioria das pessoas. Acaba que nego tem que sair de casa antes mesmo de acordar.

Saí de casa atrasada, andei até o ponto e peguei o ônibus. Na metade do caminho, descobri (!!!) que era o ônibus errado. Decidi seguir no ônibus errado até o ponto mais próximo ao meu destino final e peguei no sono, babei e tal. Acordei a tempo de descer no ponto planejado. Lá, peguei outro ônibus. Uma placa indicava que ele passaria no meu destino final. Ótimo. Problema resolvido. Ou não.

O ônibus era circular! Pois é. E como Murphy é deus, o meu destino era parte do caminho de volta. Decidi descer só quando eu chegasse a algum lugar onde eu tivesse CERTEZA de que pegaria um único ônibus até o meu destino final. E voltei a dormir. Depois de uma loooonga volta, finalmente cheguei à faculdade, totalizando 3 horas de viagem.

É essa a produtividade que se espera de quem acorda de madrugada. Não é?

quatrocentos e dez

Arvejas

Quero saber se existem regras de etiqueta pra quem está expectorando uma lata de ervilhas e não pode deixar de comparecer às aulas. Qualquer possibilidade que eu consigo imaginar é nojenta. Inclusive a de engolir o catarro (ECA).

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

quatrocentos e nove

Confusão pós-moderna

  1. Tem muita informação na minha cabeça.
  2. Tem muita cabeça na minha informação.
Frases sinônimas?

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

quatrocentos e oito

Vovô bundão

Oito horas da manhã, centro da cidade, ônibus lotado. Viajo em pé, as pessoas do fundo são sempre as primeiras a descer e não param de me empurrar pra passar. Atrás de mim, um senhor de seus sessenta e poucos anos, todo empinado, enquanto eu sou quase jogada no colo das pessoas sentadas:
― Ô, vovô! Aqui não é lugar pra você ficar recordando seus bons momentos da juventude! As pessoas querem passar!
Nego fica chocado, mas entende o meu ponto. O velhinho continua lá, praticamente uma seta:
― Fala sério! Atrofiou nessa posição? Desencosta essa bunda murcha da minha!
Alguns riem.
― Porra! Eu vou mesmo ter que morrer amassada pros outros passarem?
Nada muda, exceto pela minha desistência.


Não quero ficar velha, não!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

quatrocentos e sete

Epidemia conceitual (a famosa modinha)

First of all, garanta o poder. Conquiste o respeito das outras pessoas, ao menos no aspecto considerado. A primeira etapa consiste na publicação de um conceito a ser massificado, normalmente num veículo restrito aos seguidores diretos do formador de opinião do topo da cadeia. Exemplo: Emitir uma determinada opinião numa mesa de bar. Ou num blogue pessoal. ;)

A segunda etapa se segue ao período de incubação do conceito nos primeiros "contaminados", que dura alguns poucos dias. Esses portadores do conceito fazem parte do nível logo abaixo na pirâmide da massificação. São pessoas respeitadas também, mas num grau menor do que o do autor do conceito. Essas pessoas também têm voz ativa em veículos com um espectro de seguidores ligeiramente maior do que o do gerador, veículos normalmente especializados na área genérica correspondente ao assunto. Exemplos: Colunistas de revistas especializadas. Estudiosos-celebridade dentro da área, geralmente entrevistados por programas de TV.

Ampliando a pirâmide, chegamos ao nível dos antenados. São pessoas que consomem os discursos dos integrantes do nível anterior através de veículos especializados e, contaminados, aplicam o conceito na sua área de atuação, normalmente relacionada direta ou indiretamente à do nível anterior e com um público ainda maior. É o começo da epidemia. Exemplos: Figurinistas que escolhem roupas do elenco de uma novela de acordo com as tendências da moda. Cantor que foi contaminado por um documentário da Discovery e usa conceitos na própria obra.

A essa altura, o conceito já circula visivelmente nas camadas mais altas da pirâmide. A base, composta pela grande massa, já notara que alguma coisa acontecia, mas só passa a se contaminar nesse último estágio, depois de contato direto ou constante com o conceito em questão, através dos produtos de mídia de massa. Em pouco tempo a epidemia se espalha e se integra ao cotidiano, até que um novo conceito se transforme em epidemia, ofuscando o anterior.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

quatrocentos e seis

Publicidade: a arte da sedução. E o Quico.

Eu me considero apaixonada pela arte da sedução. Não pela publicidade em si, mas pela arte/técnica de conquistar as pessoas através de um produto pronto, seja ele música, texto, anúncio ou whatever. Resolvi buscar empiricamente a origem desse interesse. Minha infância foi bastante lúdica, fui uma criança muito criativa, tive contato com várias artes desde muito pequena... Mas isso ainda não justifica.

Todo mundo tem aptidões bem claras desde cedo. O que eu observo é que muita gente segue essas aptidões e alguns poucos optam por tentar desbravar exatamente as áreas em que encontram dificuldade. E o meu empirismo foi além: é comum que os que não têm muitas aptidões se agarrem a elas com todas as suas forças. Assim como também é comum que pessoas com muitos talentos acabem se confundindo um bocado na vida. É por isso que eu respeito mais os "desorientados" do que os "bem-resolvidos". Pessoas inteligentes estão sempre buscando. Só os estúpidos acreditam ter encontrado alguma resposta definitiva na vida.

E o Quico? Muito simples: eu não tinha talentos sociais, nunca soube me relacionar com as pessoas. Sofri muito na infância com adjetivos relacionados à chatice e feiúra. Pra ser sincera, continuo com a mesma personalidade retraída, teimosa e ligeiramente fria. Não sei demonstrar carinho, não sei cultivar amizades. E tenho fortes tendências sincericídias. Quanto à feiúra, bom... nunca fiz nenhuma plástica. Só tratamento dentário. Em algum momento percebi as minhas qualidades e passei a abstrair os meus defeitos. E as pessoas notaram. Passei anos comunicando a mensagem errada, I guess. Ser culta, boa aluna e introvertida pode ser algo traumático pra uma criança. Mas todos os meus professores acreditavam em mim. Ao menos eles.

Os professores de Matemática e Ciências realmente acreditavam no meu sonho de estudar Astronomia. Já os professores de História e Geografia apostavam que eu seria professora. Os de Língua Portuguesa e Redação apostavam no meu talento como escritora. Acabei dando a volta ao mundo acadêmico, sem encontrar respostas definitivas. Até agora.

Depois de todo o trauma de patinho feio e todas as crises existenciais, finalmente encontrei uma direção: a arte da sedução. Óbvio! Estava na cara o tempo inteiro! A principal habilidade que me faltava! E aqui estou, publicitária. Cada dia menos empolgada, afinal, quanto mais domino uma técnica, menos me interesso por ela.

terça-feira, 28 de julho de 2009

quatrocentos e cinco

Crise da idade

Esse negócio de aniversário é muito esquisito. Uma vez a cada 365 dias (ou 366), você comemora mais uma translação completa. Na infância, o dia que você nasceu é marcado por petiscos, bolo e presentes. Aí você cresce, acostumado com aquela idéia de que pelo menos uma vez por ano você deveria ser especial. Mas não é bem assim. Se a tal data cair numa sexta ou sábado, até vai. Mas caindo num dia de semana, o dia que deveria (?) ser tão especial acaba é caindo no esquecimento. A primeira pessoa a me dar os "parabéns" foi uma atendente de telemarketing. Uma das milhares que passam pelos meus ouvidos diariamente, na infeliz saga de tentar resolver as malditas burocracias da vida adulta. Acho que vai ser assim até eu morrer: problema atrás de problema (quando não estiverem sobrepostos). A vida adulta pode ser definida como o período que inicia quando você assume seu primeiro problema burocrático e termina quando você finalmente se livra de todos os ainda pendentes. Sempre senti essa mesma melancolia nesse dia que talvez seja mais divertido pra Sasha, pra Daniela Mercury ou pro Hugo Chávez. Talvez o problema não seja a vida adulta.

Acabei de subir mais um degrau na escada das idades. Talvez seja isso. De um instante pro outro, você envelhece um ano inteiro. E rola aquele exame de consciência. Em 1999 eu poderia jurar que hoje estaria realizada profissionalmente e que teria uma família, filhos e etc. Não imaginava que a realização durasse menos de 10 minutos, nem que amor fosse um sentimento tão fraco e instável. As coisas nunca são como a gente gostaria, é verdade. Nunca imaginaria que perderia tantas pessoas importantes em apenas uma década. Pior: não imaginava que completaria o ciclo ganhar-e-perder dentro de uma década. As pessoas que me apresentaram ao mundo se foram. As pessoas que me fizeram acreditar que isso aqui talvez tivesse algum sentido também já estão completamente fora do meu campo de visão. Quem falou que solidão é ruim? Quem falou que insegurança e instabilidade são negativos? E, poxa, também não estou tão sozinha no mundo assim, é verdade. Mas o meu olhar mudou nos últimos anos. E bate essa melancolia, como se nada fosse suficiente.

Parece que todas as decepções, frustrações, derrotas e perdas se espalham por todas as células do corpo. Como se essa bagagem de melancolia se tornasse algo indissociável do core. E o resto do mundo se ocupa em manter distância de cores alheios. Afinal, cada um carrega seu próprio elefante nos ombros. Então chove no dia do seu aniversário, que termina do mesmo jeito que começa, pincelado por alguns spams e meia dúzia de mensagens mais políticas do que sinceras. E você acha isso muito normal, afinal, você não é capaz de listar meia dúzia de datas de aniversários alheios. Ao menos não de meia dúzia de pessoas vivas. Por mais que eu me sinta culpada por isso, é algo comum demais para me abalar. E eu não sei mais o que me conduz a essa melancolia. Talvez sejam as músicas do Beck. Ou uma TPM. Mas o fato é que eu continuo pagando pra ver, continuo aqui. Tentando encontrar o motivo. Talvez já tenha encontrado. Vai saber? Talvez não faça sentido mesmo. Só sei que a sensação de agora é linda. Acho que isso é o tal do amor. Sinto muita saudade dos que são e dos que foram. Uma vontade de fundir todo um passado numa coisa só, ao alcance das minhas mãos... Peraí, mas essa coisa sou EU! É por isso que dói. Mas de um jeito bonito.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

quatrocentos e quatro

Gripsuína

Tudo começou no sábado. Barzinho na Zona Sul, gringos, chuva e até produtora de reality show da Globo. No dia seguinte, meu namorado caiu de cama. Logo depois fui eu. Gripe. Suína? Possivelmente. Não dá pra ter certeza, porque os exames agora só são feitos em casos graves. Tudo bem, eu sei que não faz diferença. Gripe é gripe. Venha ela do porco, da galinha ou do namorado...

Mas que gripe do mal! Tudo dói! Numa hora é frio; noutra é calor. E não dá vontade de levantar da cama nem pra tomar banho (OINC). Depois de passar a semana inteira na cama, resolvi levantar hoje pra resolver alguns problemas no mundo lá fora. Depois de um banho caprichado, a pressão caiu. Joguei alguns sintomas no Google: "febre, dor no tórax, falta de ar, dor de cabeça..." e aproveitei pra acessar um site de notícias. Afinal, informação nunca é demais. Simultaneamente, caí numa página sobre os sintomas da pneumonia e numa notícia sobre a morte do traveco do bafafá do Ronaldo. Não é que o traveco morreu de pneumonia? Na mesma hora chamei um táxi e fui num posto de saúde aqui perto.

Chegando lá, o cara da recepção parecia um surdo que só sabia dizer "não". E olha que, segundo a minha pesquisa, lá teria a especialização em pneumologia. Vale acrescentar que eu tentei ligar antes de sair de casa. Em vão.

Irritada, peguei um ônibus pro Fundão. "Se o 'Mocotó' foi atendido lá, então é pra lá que eu vou", pensei. Na recepção, fui orientada a ler um cartaz antes de mais nada. No cartaz dizia que o atendimento para os casos de influenza se limitariam aos pacientes idosos, portadores de doenças crônicas, imunodeficientes e etc. Se a primeira enfermeira que me atendeu foi curta e grossa, o segundo foi todo simpático. Mas depois de uns 10 minutos de conversa, o máximo que ele fez foi medir minha pressão e me mandar pra casa. Não consegui nem um nome de remédio pra tomar.

O mais interessante nessa história é que eu já estive no telhado do Hospital Universitário, como imprensa, realizando imagens de apoio para uma matéria sobre a construção do Bandejão. E como paciente, não consegui passar da recepção. "Saúde pública é um negócio complicado", falou o enfermeiro simpático. "No seu caso, encaminhamos prum hospital com emergência. Mas se eu fosse você, iria pra casa descansar". Que bom! Afinal, se eu quisesse sassaricar, teria escolhido uma temática mais interessante do que o SUS. No fim das contas, foi um bom conselho. Se eu chegasse em pé e consciente numa emergência, não seria levada a sério. Medicina preventiva está fora da nossa realidade. Nêgo só é atendido se estiver agonizando.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

quatrocentos e três

Post bom é post velho!

As minhas melhores leituras deste blog são as releituras dos posts de mais de um ano de existência. Nada como uma leitura com o devido distanciamento!

terça-feira, 30 de junho de 2009

quatrocentos e dois

Linguagem da mãozinha



É tão natural andar de mãos dadas com o namorado, que eu nunca tinha reparado que a posição das mãos segue um padrão: a mão dele sempre fica na frente da minha. Tentei inverter a posição das mãos e foi incômodo, como se tivesse mal encaixado. Aí trocamos de lado. Mais uma vez, só foi confortável quando a mão dele estava na frente da minha. Pesquisei rapidamente no Google, pra tentar encontrar algum artigo científico que justificasse esse "encaixe". Não encontrei nada. Mas a questão continua no ar: é um encaixe anatômico ou social? E os casais homossexuais? Como fazem?

Tô intrigada.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

quatrocentos e um

Rewind

Passado o choque inicial da morte do Michael Jackson, quinta passada, as notícias continuam pipocando em todos os veículos possíveis. Andando pelo Rio de Janeiro, é fácil ouvir os clássicos do Rei do Pop soando das mais variadas fontes, de estabelecimentos comerciais aos residenciais. Isso porque os mp3 players não explicitam que estão recheados de álbuns do falecido astro.

É inacreditável! O Michael fazia parte do grupo daquelas pessoas que a gente acha que não vão morrer nunca. Depois da Dercy, parece que realmente abriu espaço para a morte desses ícones indestrutíveis. Não me surpreenderia se nos próximos meses morressem o Silvio Santos, a Xuxa, o Roberto Carlos, a Madonna, o Ronaldo, o Pelé e tantos outros "reis" da mídia.

A situação é tão inesperada, que todo mundo busca uma explicação plausível. E aparecem várias manchetes acusando um remédio como culpado. Como se ninguém morresse aos 50 anos. Ainda mais de infarto. Oras, meu pai morreu de infarto fulminante aos 52 anos. E olha que ele nunca teve vitiligo, nunca trocou de cor, nunca foi ídolo pop, nunca sofreu pressão da mídia, nunca foi acusado de abusar de menores e não tomava remédios. A morte do Michael pode ter sido natural, sim. Infarto é uma das principais causas de morte nos EUA. Por quê não aconteceria com o Rei?

A verdade é que a mídia ressucitou o ídolo Michael Jackson só para transformar a sua morte em mais um grande espetáculo. Afinal, como muitos já comentaram por aí, a mídia já tinha assassinado o cara faz tempo. É a última chance de atrair o público às custas desse monarca, é a última chance de "fazer dinheiro", como eles dizem. Para a festa ficar completa, só falta apresentação circense, freak show, petiscos e um Glauber Rocha com uma câmera em punho, disposto a registrar o momento. Afinal, "somente a ingratidão" foi a "companheira inseparável" da estrela que mudou de cor, dançava pra trás e gostava de crianças.

O assunto ainda vai dar muito pano pra manga, mas nada tira da minha cabeça que foi uma morte natural, resultado de estresse crônico. No fim de tudo, acabou que Michael finalmente descobriu o que é sossego. E talvez esse seja o começo de uma saga de estresse crônico para muitos jornalistas. Estressem-se em paz.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

quatrocentos

Educação ou programação?

Uma canga estendida no canto da calçada. Nela, um lençol amassado, uma bolsa e um par de tamancos. Nada mais. Nem ninguém. Provavelmente era um lar improvisado de alguma moradora de rua que não estava por perto às 4h daquela tarde fria. O ônibus que me levava pra Tijuca continuava parado no sinal vermelho. Estudantes circulavam fazendo barulho, numa coreografia nada sincronizada. Fiquei impressionada com a preocupação dos transeuntes em desviar daquela canga. Ninguém ousava invadir o território demarcado pelo acessório de praia. Nem criança, nem mendigo, nem curioso. Todos respeitavam o espaço da proprietária ausente. E ela provavelmente já o esperava, afinal, deixou seus pertences ao alcance de qualquer um, atitude que transparece sua despreocupação.

A verdade é que a gente já espera que não haja nada de valor num espaço tão humilde. Da mesma forma, somos treinados desde cedo para respeitarmos as coisas dos outros e acredito que esse costume, tão cristalizado, foi um forte componente na manutenção do estado original daquela "propriedade". E se aquela bolsa tivesse sido roubada? E se o dia tivesse rendido uma boa arrecadação em colaborações solidárias?

Passei os últimos dias refletindo sobre essa observação e achei legal compartilhar com vocês. É uma grande prova de que respeito não se constrói através de muros. E de que pobreza não é sinônimo de imoralidade, nem de desordem.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

trezentos e noventa e nove

― Alô?!
― Boa tarde. Meu nome é Rosana , sou gerente de RH e estou ligando pra buscar referências do Pablo Pires, que trabalhou na sua empresa há alguns meses.
― Ah, o Pablo era um ótimo funcionário: comprometido, interessado, proativo, honesto, trabalhava bem em grupo...
― Muito obrigada! Ele parece mesmo ser um bom rapaz!
― Sim, sim. E sempre compareceu dentro do horário dele!
― Pontualidade também é uma excelente qualidade!
― Pois é... Ele trabalhava das 9 às 17h e nunca chegou depois das 17h.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

trezentos e noventa e oito

Desafio de léxico:

Qual é o nome daquele estalar de dedos (movimentos bruscos da mão com o indicador relaxado e os outros dedos rígidos, provocando estalos) usado para demonstrar sagacidade?

quarta-feira, 20 de maio de 2009

trezentos e noventa e sete

Proatividade sf qualidade (apresentada principalmente por empregados de cargos inferiores numa empresa) caracterizada por frequentes iniciativas para resolver pendências ou assuntos que são da responsabilidade de seus superiores, sem nenhuma pretensão financeira ou profissional, motivadas apenas pela lealdade à empresa, e sustentadas pelo conformismo em relação à remuneração recebida.

Proativo adj diz-se do sujeito que se expõe a uma carga de trabalho muito além das suas atribuições, proporcionando uma carga de trabalho reduzida aos seus superiores (inversamente proporcional aos salários).


Muito conveniente, não?

terça-feira, 19 de maio de 2009

trezentos e noventa e seis

Teoria: O caráter dos egoístas é melhor que o dos altruístas.

As pessoas são instáveis. Umas mais, outras menos. Existem variações até mesmo de acordo com os dias, as horas ou a fatores externos. Mas isso é apenas um fato. Ninguém é o rei da receptividade full time. Ponto. A partir dessa constatação, podemos afirmar que uma pessoa sincera é passível de variações de postura social. E, no melhor estilo maniqueísta, podemos dividir as pessoas em dois grupos: egoístas e altruístas.

Normalmente, os altruístas são vistos como pessoas nobres, preocupadas com a causa social e capazes de sacrifícios pessoais por um mundo melhor. E os egoístas? São o lado sombrio, pessoas que só se preocupam com o próprio umbigo. Mas não é bem assim.

Pensa comigo: uma pessoa que se preocupa extremamente com o próprio bem-estar precisa que todo o ambiente ao seu redor esteja completamente harmonioso. Afinal, o ambiente interfere diretamente no estado de espírito das pessoas. E o estado de espírito das pessoas interfere diretamente no bem-estar do egoísta. Quando um egoísta toma uma iniciativa em relação a uma outra pessoa, isso significa que aquela pessoa tem algum valor para ele. Sim, o egoísta está tentando poupar o próprio sofrimento ou tentando alcançar a própria alegria. Mas acho bonito que o egoísta seja afetado pela alegria e tristeza das pessoas ao seu redor. O mesmo não acontece com o altruísta.

Pro altruísta, as pessoas são uma unidade homogênea. Ele trata todos do mesmo jeito. Não existe hierarquia de sentimentos, não existe mau-humor, não há nenhum obstáculo que impeça o altruísta de mostrar o quanto os seus gestos são nobres. Tal constatação, sejamos lógicos, demonstra que o altruísta é um ator que se dedica a cumprir tal papel. Todos sabemos que o altruísmo é visto como uma qualidade e que as pessoas mais receptivas, mais efusivas e mais simpáticas são vistas com melhores olhos do que pessoas que deixam transparecer suas oscilações individuais. Portanto, o desejo mais sincero do altruísta é se dar bem às custas da manutenção de uma imagem associada à nobreza de caráter. Ou você realmente acredita que o altruísta está mesmo preocupado com cada uma das bilhares de vidas do planeta? Uma pessoa capaz de usar máscaras em busca de vantagens pessoais é muito mais egoísta do que uma pessoa que respeita os próprios sentimentos e emoções.

Admiro a forma intensa como os egoístas se relacionam com os outros. Não há nada mais egoísta do que a falsidade generalizada dos altruístas.

PS: Parece que eu não sou a única a pensar assim. Este post me fez chegar ao The Virtue of Selfishness: A New Concept of Egoism. Lerei em breve.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

trezentos e noventa e cinco

Caro professor,

Eu não gosto de acordar cedo. Também não gosto de desperdício de tempo, nem de energia. O deslocamento até a instituição de ensino é um esforço intenso demais para ser recompensado com duas horas de blablablá sem o menor fundamento. Desculpa, mas não estou interessada na sua vida pessoal, nem nas suas histórias profissionais. Não sou terapeuta. Não sou sua amiga. Não sou sua fã. Meu ouvido não é penico e o meu corpo não é de bronze. É essencialmente impossível que a atenção de qualquer ser humano possa estar voltada a um único foco por tanto tempo. É humilhante ser obrigada a sentar de frente a uma fonte sonora que muitas vezes é consideravelmente desagradável. Frequentemente me sinto como se o silêncio fosse mais digno de penetrar pelos meus ouvidos do que as palavras que saem da sua boca. Mas não há nada pior do que ser obrigada a suportar meses de tortura em troca de alguns créditos que, somados com muitos outros, me proporcionarão - um dia - o direito de ter um diploma no meu nome. Deveria ser diploma de psicóloga, já que a maior parte do curso é dedicada a sessões de tortura psicoterapêutica. Ou diploma de ouvinte, sei lá. Afinal, nenhum professor segue a ementa dos cursos que ministram mesmo. Você não é diferente. Eu sei que a bibliografia recomendada não passa de dados para serem incluídos na última página dos trabalhos acadêmicos.

Mas, sejamos práticos: já pensou em fazer terapia com um profissional? Que tal avaliar os alunos de acordo com os objetivos da disciplina? E, sobre a presença obrigatória, trata-se de carência? Necessidade de público? Ou exibicionismo?

Nós sabemos que o conteúdo não precisa necessariamente ser transmitido em encontros maçantes e tão frequentes. Cabe a você nos proporcionar uma experiência mais agradável - e construtiva - de aprendizado.

Tenha um bom dia.

M.

sábado, 9 de maio de 2009

trezentos e noventa e quatro

― Meto bala mermo!
― Como assim?!?!?! Que absurdo!
― Absurdo é nego achar que pode sair assaltando e matando todo mundo por aí.
― Mas não é meio incoerente usar da violência para combater a violência?
― Não acho, não. Invadir o espaço alheio é praticamente um convite a qualquer tipo de punição.
― Mas quem você pensa que é para julgar alguém?
― Sou alguém que sabe que uma pessoa socialmente saudável não é capaz de invadir o espaço alheio.
― Mas essa pessoa pode ter seus motivos...
― E eu tenho os meus!
― Mas você pode ser presa...
― Atitude heróica, não?
― Continuo achando que ninguém está em condições de julgar ninguém.
― E eu continuo achando que, nesses casos, são eles mesmos que determinam o próprio veredicto. A escolha é deles.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

trezentos e noventa e três

Encontrei uma prova do catecismo nos arquivos da minha infância. Preciso dividir isso com vocês:



Rio, 01 de Julho de 1992

AVALIAÇÃO

1- Leia com atenção e responda:
Quem é Deus?


2- Marque com um X a resposta certa:
Jesus Cristo é:
( ) historiador
( ) agitador
( ) mentiroso
( ) filho de Deus feito homem
( ) filho do mal

3- Recebemos a semente da graça de Deus no ________________

4- O demônio semeia o ___________

5- Jesus se comparou a uma _______________ e nós _______________

6- Que é pecado?

7- Depois dos apóstolos a quem foi dado o poder de perdoar os pecados?

8- Fale sobre Zaqueu, resumindo a história.

9- Cite os meios para se fazer uma boa confissão.

10- Escreva o pequeno ato de contrição.


Agora entendo as razões do meu ateísmo.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

trezentos e noventa e dois

É impressão minha ou o comércio realmente destrói a auto-estima dos seus empregados?

quarta-feira, 6 de maio de 2009

trezentos e noventa e um

Avisa pro MEC que um cidadão bem formado nos dias de hoje precisa conhecer as leis, os equipamentos tecnológicos básicos, os principais conceitos de política e as melhores formas de administrar a própria renda. Seria interessante ter aulas de Direito, Tecnologia, Política e Economia desde a educação primária. Seríamos mais preparados para a sociedade.

terça-feira, 5 de maio de 2009

trezentos e noventa

― Odeio essas pessoas que querem agradar a todo custo.
― Por quê?
― Simplesmente porque isso não existe. Nenhuma pessoa tem essa vontade de agradar todo mundo o tempo todo.
― Então você considera essas pessoas como falsas?
― Exatamente! Usam a falsidade para tirar proveito das situações!
― Então você tá dizendo que agradar os outros gratuitamente é um sinal de falsidade?
― Isso! As pessoas que ficam puxando o saco dos outros sempre querem algo em troca.
― E querer algo em troca não é um objetivo legítimo?
― Bem... Ninguém quer se dar mal, né?
― Então não há nada mais sincero do que buscar o melhor pra si!
― Fato.
― E você concorda que agradar os outros é uma boa ferramenta para se conseguir o que quer, né?
― Concordo. Mas acho sujeira.
― Mas por quê? Você acha que as pessoas são tão inocentes assim, ao ponto de não perceber que existem outras intenções por trás de toda aquela receptividade?
― Talvez.
― Não são. Todo mundo sabe que, dentro das CNTP, as pessoas são egocêntricas e introspectivas.
― Faz sentido...
― Logo, concluímos que usar da chamada "falsidade" para atingir certos objetivos não passa de uma demonstração sincera de que se deseja crescer através dos outros.
― Realmente... Fica nítido.
― E pode ter certeza de que é sincero. Essas pessoas não disfarçam uma grande vontade de se dar mal. Querer se dar bem às custas dos outros é um desejo real dessas pessoas.
― ...

domingo, 3 de maio de 2009

trezentos e oitenta e nove

Licença poética pra namorar um pouco.



Volto logo.

sábado, 2 de maio de 2009

trezentos e oitenta e oito

Se você acha que eu tô meio puta com o mundo, devo lhe confessar que eu não tenho feito parte do mundo ultimamente. Tô presa numa dimensão paralela. Espero voltar um dia. Beijo.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

trezentos e oitenta e sete

― Você não me ama de verdade.
― Hã? Como assim???
― Eu nunca te inspiro. Você nunca escreve sobre mim.

No fundo, todo artista sabe que a inspiração diz muito sobre os sentimentos de qualquer artista. Talvez seja até mais importante que meros sentimentos. O problema é quando a inspiração não fica clara.

Eu posso nunca ter me sentido incluída na tua arte, mas prefiro acreditar que te inspiro. Até porque isso me inspira. Mesmo que você não saiba.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

trezentos e oitenta e seis

Ex-namorados são que nem família: você ama, sente saudade, mas não tem nada pra fazer com eles.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

trezentos e oitenta e cinco

Ah, como eu queria passar mais tempo na frente de um computador...

terça-feira, 28 de abril de 2009

trezentos e oitenta e quatro

VOCÊ.



Agora sinta-se incluído, seu merda!

segunda-feira, 27 de abril de 2009

trezentos e oitenta e três

Fiquei fascinada pelo pictograma referente aos obesos:



Sensacional!

domingo, 26 de abril de 2009

trezentos e oitenta e dois

Você entra no recinto e encontra pessoas. Momento de tensão. Na falta de assunto, passa por elas sem emitir uma única palavra sequer. A tensão aumenta. Alguns tentam quebrar o silêncio e saem falando qualquer baboseira que venha à cabeça. Outros te julgam arrogante e deixam pra falar (mal de você, claro) quando você se retira do recinto.

Outro recinto. "Entrou muda e saiu calada". Qual é o problema nisso? Mas que merda, hein! Somos obrigados a falar até quando não temos nada pra falar? Que desperdício de energia! Tô fora.

sábado, 18 de abril de 2009

trezentos e oitenta e um

Você é pirralho. Fica reclamando que a vida é uma merda e tal. Mas a sua mãe prepara a sua comidinha, você estuda, não precisa trabalhar, joga video-game, faz o que dá na telha e ainda acha a vida ruim. Você quer crescer e ter sua liberdade (maldita). Meu recado pra você é o seguinte:

TOMÁ NO CU!

Aff!

(E poderia ser pior. Ainda bem que eu tô alcoolizada.)

quarta-feira, 8 de abril de 2009

trezentos e oitenta

Por favor, deposite seus objetos metálicos...

AI, CARALHO! Só quero depositar um cheque! Se eu quisesse assaltar o banco, faria melhor que isso!

Por favor, deposite seus objetos metálicos...

Tá de sacanagem, né? Além do guarda-chuva e do mp3 player, mais o quê pode travar a porta? Tá, toma a chave, o spray de desodorante, meu casaco...

Por favor, deposite seus objetos metálicos...

Ai, porra! Eu posso passar o dia inteiro aqui!


(Perdi mais tempo na porta do banco do que lá dentro)

segunda-feira, 6 de abril de 2009

trezentos e setenta e nove

verbo taquitar

eu toquitô
tu tasquitás
ela taquitá
nós tamoquitamo
vós taisquitais
elas tanquitão

quinta-feira, 2 de abril de 2009

trezentos e setenta e oito

Tem chovido nos últimos dias.

Desde que o ano começou, já vi uns 5 guarda-chuvas indo pro lixo. Pretos, prateados, transparentes, estampados... Todos descartáveis. É sempre assim.

Eu tenho a sorte de ter a minha umbrella-ninja, coisa que nem Rihanna sabe o que é.

A umbrella-ninja é um guarda-chuva de fundo azul, estampado com flores vermelhas e brancas. Feinho, diga-se de passagem. E, pra completar, todo manchado de ferrugem. Roubei da minha avó. Na verdade, peguei emprestado. E não deu tempo de devolver. Vovó, no melhor estilo "existência humana", se foi. Minha herança foi esse guarda-chuva. Parece pouco, mas não é.

Quanto você gastou em proteção contra a chuva nos últimos tempos?

Minha avó morreu em 1996.

"Uva, uva, u, u, u..."

terça-feira, 31 de março de 2009

trezentos e setenta e sete

"Câncer de mama no alvo da moda"

Adquira já o seu!

domingo, 22 de março de 2009

trezentos e setenta e seis

Que tal um:

Você é a melhor coisa que NÃO aconteceu na minha vida

?

sábado, 21 de março de 2009

trezentos e setenta e cinco

Os pombos da Tijuca são os mais caquéticos e apáticos.

Coitados, sofrem de depressão.

sexta-feira, 20 de março de 2009

trezentos e setenta e quatro

Deus, zeus, teus, meus... whatever!

quinta-feira, 19 de março de 2009

trezentos e setenta e três

Choveu dentro do recinto-mór da superficialidade capEtalista! Um rio percorreu o Barra Shopping durante a tempestade de ontem. Jorrava água de 3 spots de luz localizados no teto da divisa Barra/NYCC. Sinal de que as forças-do-além teriam incorporado o Surrealismo?

domingo, 8 de março de 2009

trezentos e setenta e dois

Uma das melhores analogias sobre o Orkut que eu já ouvi:

"É que nem botar a bunda na janela pros outros passarem a mão."

quarta-feira, 4 de março de 2009

trezentos e setenta e um

Um jovem ator de uma emissora de TV aberta comandada por religiosos foi convidado a se retirar do camarote de uma popular marca de bebidas alcoólicas fermentadas após ter sido flagrado consumindo substâncias ilícitas num aposento destinado a atividades de excreção.


GAROTA DE PROGRAMA QUE ME TROUXE AO MUNDO!!!

terça-feira, 3 de março de 2009

trezentos e setenta

Lava-jatos lavam a jato.

É engraçado como assimilamos o significado das coisas. Sempre associei "a jato" à idéia de rapidez; nunca ao jato, em si. Provavelmente "lava-jato" veio da idéia de "lava rápido". Se a conotação da expressão tivesse relação com o jato, imagino que não teriam comido a preposição. Afinal, o avião continua a jato. Ou estaríamos falando de jatos de lava vulcânica?

Confesso que essa questão ortográfica vem tomando muito do meu tempo recentemente.

Ah, alguém tem que se preocupar com os supérfluos intelectuais.


OBS: Sou a favor do neologismo "ajato" para a idéia de rapidez. Afinal, os "a jato" já foram ultrapassados pelos supersônicos. E "lava-jato" não faz o menor sentido.

segunda-feira, 2 de março de 2009

trezentos e sessenta e nove

talento





TA LENTO?!?!?!?!

domingo, 1 de março de 2009

trezentos e sessenta e oito

Altera dos produto o fatores ordem a ? não

sábado, 28 de fevereiro de 2009

trezentos e sessenta e sete

Frase romântica pra você copiar e colar pro seu namorado (parênteses pra ampliar as possibilidades de gênero, ok?):

Eu poderia ficar discutindo com você até os nossos argumentos acabarem.

Essa é das fortes, eu sei. Use em ocasiões especiais. ;)

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

trezentos e sessenta e seis

(No MSN, janela se abre)

C: oii
C: td bem?
S: oi
S: td bem
S: e vc?
C: to bem :)
C: fez oq no carnaval?
S: nada de mais
C: to sabendo q vc ta namorando hehehehehehe
C: podemos sair em casal agoraaaaaaaaaaaa
S: como é q é isso de sair em casal? swing?
C: hahahahahahahhahahaahhahahahahaha
C: oqqqqqqqqqqqq???????????? vc queri ir p uma casa de swingggggggggg?????????
C: nunca pensei isso de vc
C: :-O

Perca seus amigos, mas NUNCA a piada.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

trezentos e sessenta e cinco





NÃO, PORRA! Não tô sorrindo!

Toda vez que algum miguxo usa caracteres do katakana como emoticons, uma criança nasce acéfala num raio de 10 km.

Esse é o que mais dói, né? Afinal, não faltam alfabetos pra nêgo ficar roubando as letrinha bunitiiinha.



タキーウパリーウ

Quer entender? Pesquisa aê.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

trezentos e sessenta e quatro

Quarta-feira de cinzas

Dia seguinte às comemorações da festa pagã do Carnaval, no Brasil dos séculos XX e XXI. Como a festividade se estendia até uma terça-feira, a quarta-feira de cinzas era o dia de descanso dos foliões brasileiros. O nome veio do hábito carioca de deixar para cremar todos os mortos dos dias de festividades apenas depois do encerramento das orgias e dos exibicionismos em geral, e da recuperação da ressaca. O alto nível de desordem social proporcionava uma produção intensa de cinzas humanas.

A data acabou sendo associada ao calendário religioso, já que as missas póstumas eram comuns e funcionavam como meio de divulgação eficaz das empresas de cremação. Os meteorologistas também reforçavam a data, visto que era um dia que sempre coincidia com as movimentações das massas de ar responsáveis por precipitações intensas (conhecidas na época como chuvas de verão). Tal regularidade proporcionava previsões climáticas certeiras para a data.

A quarta-feira de cinzas foi retirada do calendário no século XXII, quando filósofos holandeses naturalizados brasileiros concluíram que a melhor forma de acabar com a banalização da violência no país era destacando-na dos eventos comemorativos.

Nick Scrotto, pesquisador da cultura nádega e doutor em Carnaval pela Hunivercidade Istássio d Ça.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

trezentos e sessenta e três

Ó, não! É ele!

Gezuis!

Ai, sinhô! Não pode ser!!!

Mas é!

E agora? Ó, céus!

Porra!

Antônio Fagundes. De novo!

Caralho!

Esse cabelo branquinho tá foda, hein.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

trezentos e sessenta e dois

Observações empíricas sobre diferentes abordagens de elementos do gênero feminino, com intenção de estabelecer um relacionamento romântico.

Caso 1
― Nunca beijei uma menina, mas elas são tão lindas...
RESULTADO POSITIVO

Caso 2
― Vem cá. Cabe mais uma.
RESULTADO POSITIVO

Caso 3
― Então... Qual é o seu nome?
― Fulane.
(Sorrisinho safado e... AÇÃO)
RESULTADO POSITIVO

Caso 4
― Se você perder a aposta, vai ter que me beijar!
RESULTADO POSITIVO

Caso 5
― Já que ela levou um toco, pergunta pra ela se não serve eu.
RESULTADO POSITIVO

Caso 6
― Gostosa!
RESULTADO NEGATIVO

Caso 7
― Eu só precisava te falar que eu te achei muito linda!
RESULTADO NEGATIVO

Caso 8
― Você prefere ficar aqui ou no banheiro?
RESULTADO NEGATIVO

Caso 9
― Quando é que você vai me convidar pra ir na sua casa?
RESULTADO NEGATIVO

Caso 10
― Sem planos pra noite? Consegui entrada VIP praquela festa que você gosta...
RESULTADO NEGATIVO

Vou tentar ampliar essas observações, até chegar nas fórmulas mágicas para obter apenas resultados positivos. Aceito colaborações.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

trezentos e sessenta e um

Você está andando distraído pela rua e, de repente, dá de cara com ele: Antônio Fagundes! No banheiro, você olha pro espelho e não vê o seu rosto; vê Antônio Fagundes. O piloto do ônibus, o vizinho barulhento, o namorado da sua irmãzinha virgem... Todos eles, todo mundo, têm a mesma cara: Antônio Fagundes. Quando você começa a cogitar a possibilidade de estar ficando louco, você esfrega os olhos e dá de cara com... Antônio Fagundes! Ele mesmo! Onipresente.

Diagnóstico: Você tem a Síndrome de Onipresença Fagundística, também conhecida como SOF.

Tratamento: Doses diárias de novelas da Record.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

trezentos e sessenta

Preconceito é o conceito construído a partir de observações empíricas. Sustenta-se pelo volume de observações empíricas semelhantes, mesmo dentro de um conjunto numeroso de observadores.

Certas coisas não precisam ser provadas através de experimentos científicos.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

trezentos e cinquenta e nove

A situação tá tão crítica, que eu já carrego uma paleta de tons de pele no meu próprio corpo:

rosto: EAD3C7
olheiras: BFB1B6
braços: E5CEAE
tronco: E7DBCA
pernas: EDE6DB

Para o bom nerd, um código hexadecimal basta.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

trezentos e cinquenta e oito

A criatividade nada mais é do que a lapidação do cotidiano em busca de um núcleo valioso:

(Noite chuvosa, 23h, dentro do ônibus)
― Com licença.
Sentada no corredor, abre passagem para o senhor sentar ao lado. Ele hesita e resolve falar:
― Foi você que viajô comigo ônti?
― Não sei.
― Também num tenho certeza. Mas acho que era você, sim. Saiu mais tarde hoje?
― Sei lá.
― Cê num sabe de nada, hein! O que cê comeu ônti, no almoço?
― Não lembro... (sorriso amarelo, olhar a 180° do sujeito)
Ele levanta uma pipa embrulhada num plástico transparente. Pipa branca, com uma estrela preta:
― Bonita, né?
― Heheh... (outro daqueles amarelõooes)
― Cê é framenguista?
― Não.
― Acho que viajamo ônti aqui, nesse mermo lugá.
― Hum...
(1km de silêncio)
― Tudo alagado. Noutro dia, ficamo parado aqui. Num dava pra passá.
― (...)
Levanta e puxa a cordinha. Deixa o veículo pra trás. O velhinho solta um arroto. E coça o saco. Desce em algum ponto entre o dela e o final.

A pipa do vovô não molhou.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

trezentos e cinquenta e sete

Seria Mãe Dináh niteroiense?

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

trezentos e cinquenta e seis

"Deseja abandonar este jogo?"

Quando apareceu essa mensagem, tive certeza de que o meu vício em Freecell não passa de uma manipulação psicológica. Chantagem emocional. Será que é o que há por trás de todos os vícios em games?

sábado, 7 de fevereiro de 2009

trezentos e cinquenta e cinco

Agora que meu counter apontou uma mudança de 0 para 1 visitante diário, posso até começar a pensar em escrever alguma coisa legal.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

trezentos e cinquenta e quatro

Perdi meu carisma no banheiro público. Já era.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

trezentos e cinquenta e três

A gerente da loja trocou os meus óculos quebrados. Não foi dessa vez que eu aderi ao pó.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

trezentos e cinquenta e dois

Meus óculos escuros quebraram. Jake que me perdoe, mas parece que vou ter que passar ao plano B do projeto Arrogância Já.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

trezentos e cinquenta e um

Contas de MSN que constam na minha lista de bloqueios:

dylsinhu@hotmail.com
romullo.gatinho@hotmail.com
arthur_harrypotter@hotmail.com
bundadevelha@hotmail.com
cam_sp_1234@hotmail.com
forroniteroi@hotmail.com
grillotito@hotmail.com
guilelinkinpark@hotmail.com
homedumatu@hotmail.com
junkie_andresouza@hotmail.com
ju_ga_ta.15@hotmail.com
leandrosonoracha@hotmail.com
lion_br1@hotmail.com
thoti_nenem@hotmail.com
eioiaeeee@yahoo.com.br
srgaucho@yahoo.com.br
bobopolvo@hotmail.com
negao.1985@hotmail.com
wisleyfodao@hotmail.com

Nem preciso explicar, né? Contribua você também com endereços toscos da sua lista de bloqueios!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

trezentos e cinquenta

John Lennon se apaixonou por Yoko Onno ao ler a palavra "sim" no topo de uma escada, numa instalação artística da japa. Muito simples, muito objetivo, muito direto. O "sim" é básico demais e faz parte de uma simplicidade de raciocínio tipicamente hippie. O "sim" é fácil, é direto, quase imoral. O "sim" é promíscuo, falso, interesseiro e superficial.

O "sim" é imaturo. Coisa de quem ainda não consegue compreender todas as nuances de um "NÃO". Esta, sim, é uma palavra magnífica, complexa, intensa, forte.

O "sim" é restritivo.

O "não" é um universo de possibilidades.


Não?

domingo, 1 de fevereiro de 2009

trezentos e quarenta e nove

Desde criança, sempre fui metida a cientista. Nos tempos do auge do grupo É o Tchan!, cheguei a pensar numa hipótese científica que se perdeu no tempo e que eu acabei por resgatar ontem, quando vi uma ótima oportunidade de fazer um experimento.

A hipótese:
Através de movimentos pélvicos bruscos, o intestino grosso sofre estímulos que agilizam a trajetória das fezes. Com isso, observa-se a redução do espaço de tempo entre a digestão e a excreção, que proporciona a aglomeração compacta e anatômica das fezes, facilitando o momento da excreção em si.

O experimento:
1. Prisão de ventre
2. Boate com repertório "eclético"
3. Coreografias compatíveis com os estilos musicais executados ao longo da noite
4. FATOR DE RUÍDO: INGESTÃO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS - ACELERADORES FECAIS
5. Resultado: evacuação simples, rápida e pouco residual

Agora só falta as mulheres-frutas confirmarem a teoria.

Também servem os depoimentos da Gretchen, Carla Perez/Jacaré/Sheila's, Bruna Surfistinha ou Lacraia.

sábado, 31 de janeiro de 2009

trezentos e quarenta e oito

Melhor estar sozinha "de verdade" do que ser amada "de mentira".

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

trezentos e quarenta e sete

Superar obstáculos é libertador.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

trezentos e quarenta e seis

Dieta da felicidade:

11h - prozac
17h - café
23h - cerveja

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

trezentos e quarenta e cinco

O egoísmo é o maior inimigo de qualquer tipo de amor.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

trezentos e quarenta e quatro

Todos os dias sou obrigada a passar cerca de meia hora esperando o ônibus num ponto deserto. Já sou amiga de praticamente todos os mendigos das redondezas.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

trezentos e quarenta e três

Existem duas formas de aparentar aquela arrogância bem-resolvida que ninguém realmente tem: cheirando pó ou usando óculos escuros. Dessa vez, optei pela segunda opção.

Os moralistas agradecem. E o meu nariz também.

domingo, 11 de janeiro de 2009

trezentos e quarenta e dois

O pum é o suspiro do cu.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

trezentos e quarenta e um

Minhas melhores idéias se perdem em algum canto do corredor que liga o Barra Shopping ao NYCC.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

trezentos e quarenta

"Posso te fazer uma pergunta?"

"Fala!"

"Vocês têm aquela camisa do casamento, escrito 'GAME OVER'?"

"Não, essa camisa não é nossa."

"Hum... E você sabe onde eu posso encontrar?"

"Na Uruguaiana, com certeza."

"E tem aqui no shopping?"

"Claro! Fica pertinho da Praça de Alimentação! Vai lá."

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

trezentos e trinta e nove

A vida é um labirinto escuro e agoniante. Até tem saída - para um relativo sossego, mas não temos a menor garantia de que encontraremos ela a tempo. A única certeza é que, se desistirmos, passaremos todos os nossos dias na mesma escuridão agoniante.

E sustentar isso só vale a pena por causa de pequenos e raros momentos de inspiração.

A magia da infância é praticamente uma maldição. PQP!