quarta-feira, 21 de outubro de 2009

quatrocentos e catorze

Alarme

Função soneca a(di)tivada.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

quatrocentos e treze

Considerações sobre os profissionais e instituições de educação

Lá vamos nós para a década de 10 e as instituições de ensino estão muito longe de se adaptarem à realidade que vivemos.

Não faz muito tempo que a vida não era em função dos computadores. Ainda resta alguma lembrança remota do funcionamento de uma rotina naqueles tempos que nunca mais voltarão. Lembro que o dia se dividia em blocos de atividades: estudo, lazer e descanso. Era assim porque eu era criança, né? Os adultos tinham o bloco de trabalho e normalmente não tinham o do estudo. Até porque naquela época não se estudava tanto, muito menos depois da vida adulta.

Hoje, um dia de atividades é situado entre o ligar e o desligar da máquina. As atividades são realizadas paralelamente a isso. Mas os profissionais de educação não querem aceitar a mudança. O fato é que acostumamos a gerenciar um fluxo muito mais intenso de informações, tornando a nossa relação com conteúdos algo muito mais rápido e intenso. O modelinho de sentar a bunda numa cadeira e passar horas e horas ouvindo historinhas de um professor, por mais qualificado que seja, não funciona mais. Não estimula, nem mesmo atinge as novas expectativas de conteúdo por hora.

Outro fator que não é levado em consideração são os transtornos emocionais. Todo mundo sabe que os casos de distúrbios emocionais não param de aumentar, mas esquecem que isso também afeta a vida escolar. Pessoas que passam meia década comprometidas a comparecer diariamente a uma instituição de ensino devem se considerar sortudas se concluem sua formação sem nenhum problema psicológico. Esse tipo de problema leva a situações complicadas, tais como síndrome do pânico, apatia e depressão, entre outras. Essas pessoas podem enfrentar dificuldade para atender às exigências de frequência, por exemplo. Porque ninguém consegue controlar os problemas emocionais por 75% do tempo, a fim de cumprir a carga horária estabelecida como ideal. Essa regra desconsidera completamente qualquer adversidade e muitos profissionais de educação ainda são rígidos quanto a ela. É como se a universidade fosse uma instituição que compartilha dados sigilosos, impossíveis de se ter acesso através de nenhum outro meio. Desculpa, mas temos TUDO na internet. Limitar as fontes de informação aceitáveis é um indício grave de alienação. Isso pra não entrar de novo no tópico dos professores carentes, que já falei em algum outro post.

Voltando às fontes de informação, outro ponto que se deve levar em conta é o autodidatismo. Os maiores gênios eram péssimos alunos, mas autodidatas esplêndidos. O filme Gênio Indomável é um bom exemplo desses casos. Como é que as instituições de ensino ainda não oferecem flexibilidade para que alunos que não dependem de atenção constante possam desenvolver seus conhecimentos? O molde do professor-babá se oficializou, porém não me parece o mais adequado para alunos com capacidades intelectuais normais. Com um mínimo de disciplina é possível concluir um curso de graduação sem necessariamente ser um expert no assunto. Um autodidata apaixonado por determinado tópico vai muito além e pode não conquistar o tal diploma se considerar a sala de aula como o ambiente mais hostil do mundo.

Nós, seres humanos, construímos um acervo de informação incrível, que está ao nosso alcance como nunca esteve. Se os profissionais e instituições de educação não compreenderem isso logo, vão perder completamente o meu respeito enquanto organizações de referência intelectual. E espero que não somente o meu. Não precisa de muito estudo pra perceber que o mundo girou.

quatrocentos e doze

Insônia

Dormir. Um negócio difícil.

Depois de 3 horas rolando na cama, tentando desligar um cérebro burro, que pensa que vai resolver toda uma vida nas poucas horas em que deveria estar desligado, chorar pode ser uma opção a se considerar.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

quatrocentos e onze

Madruga

Acho um absurdo obrigarem as pessoas a terem atividades às 7h da manhã. Principalmente porque a viagem é longa pra grande maioria das pessoas. Acaba que nego tem que sair de casa antes mesmo de acordar.

Saí de casa atrasada, andei até o ponto e peguei o ônibus. Na metade do caminho, descobri (!!!) que era o ônibus errado. Decidi seguir no ônibus errado até o ponto mais próximo ao meu destino final e peguei no sono, babei e tal. Acordei a tempo de descer no ponto planejado. Lá, peguei outro ônibus. Uma placa indicava que ele passaria no meu destino final. Ótimo. Problema resolvido. Ou não.

O ônibus era circular! Pois é. E como Murphy é deus, o meu destino era parte do caminho de volta. Decidi descer só quando eu chegasse a algum lugar onde eu tivesse CERTEZA de que pegaria um único ônibus até o meu destino final. E voltei a dormir. Depois de uma loooonga volta, finalmente cheguei à faculdade, totalizando 3 horas de viagem.

É essa a produtividade que se espera de quem acorda de madrugada. Não é?

quatrocentos e dez

Arvejas

Quero saber se existem regras de etiqueta pra quem está expectorando uma lata de ervilhas e não pode deixar de comparecer às aulas. Qualquer possibilidade que eu consigo imaginar é nojenta. Inclusive a de engolir o catarro (ECA).