terça-feira, 30 de setembro de 2008

duzentos e sessenta e cinco

Numa atitude inédita para democratizar o analfabetismo, Lula assinou o decreto com o cronograma de implantação do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa no Brasil, que vai acabar com todos os acentos que geram dificuldade, ampliar a quantidade de letras inúteis no nosso alfabeto e enfeiar significativamente as palavras que perderão seus hífens (e, consequentemente, a inocência). A assinatura do decreto fez parte das comemorações pelos 100 anos da morte de Machado de Assis(!).

Agora, sim. Tudo fez sentido. Nada melhor pra comemorar a morte de Machado do que a execução oficial da língua portuguesa. R.I.P.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

duzentos e sessenta e quatro

Eu sou a dona da verdade, porra! Comprei faz tempo. E tenho a notinha pra comprovar.

domingo, 28 de setembro de 2008

duzentos e sessenta e três

Quase morri afogada com um copo d'água. Seria uma morte artística.

Mas ainda não foi dessa vez. Só ENGASGAY.

Velha gagá.

sábado, 27 de setembro de 2008

duzentos e sessenta e dois

Você pode ter a minha foto ou a mim. Você pode ter o meu passado ou o meu presente. Você pode ter superfície ou profundidade, aparência ou conteúdo... Então? Qual vai ser?

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

duzentos e sessenta e um

POEMA BINÁRIO

um zero
zero um
nada

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

duzentos e sessenta

Você percebe que tá velho quando troca a cachaça pelo café.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

duzentos e cinquenta e nove

Você pode me encontrar aqui. Ou ao vivo.

Não, o virtual não é a projeção fiel do real. A realidade é sólida. E o virtual, líquido demais.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

duzentos e cinquenta e oito

Entre amar odiar e odiar amar, qual vence?

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

duzentos e cinquenta e sete

Não preparam a gente pro mundo. Eles nos poupam tanto das frustrações ao longo da infância, que viciamos a um nível de satisfação alto. Vamos crescendo e as coisas começam se revelar. Nada é como imaginávamos e a frustração se generaliza. Com isso, o nível de satisfação cai. Só que a gente não aguenta. E surta.

O medo de crescer tem a ver com a resistência aos padrões de satisfação normais. Vícios são sempre destrutivos.

domingo, 21 de setembro de 2008

duzentos e cinquenta e seis

Filosofia de vida:

Sem atrito não há prazer.



(Interprete como quiser)

sábado, 20 de setembro de 2008

duzentos e cinquenta e cinco

Encontrei a perfeição, mas ela se partiu em pedaços quando tentei abraçá-la.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

duzentos e cinquenta e quatro

Fiquei velha sem perceber.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

duzentos e cinquenta e três

O grito virtual percorre a rede e reflete em superfícies de dígitos binários. Essas cavernas onipresentes são caracterizadas por aquele silêncio absoluto, típico das multidões virtuais. O grito ecoa e produz sua própria resposta. Assim como uma imagem refletida entre espelhos posicionados em angulação aguda. Resposta silenciosa para um grito calado pela frieza de um monitor brilhante, que exibe a interface da rede social do momento. Essas redes sociais massivas são as típicas responsáveis pelo silêncio absoluto, que acaba soando mais intenso que uma torcida organizada no Maracanã. A presença de quaisquer pessoas ao redor desses espelhos em angulação aguda não interfere em nada na singularidade da figura refletida incessantemente. A onipresença desse silêncio ameaçador se estende ao infinito, ao oito deitado, às reticências. E aqueles que são falantes da língua portuguesa acreditam que tudo isso pode ser sintetizado em apenas oito letras. As multidões virtuais adotaram a rede para se conectar ao infinito. Um infinito que é construído a partir de zeros e uns. Conjunto vazio, conjunto unitário. É a configuração física da vida social do usuário, limitada a duas opções: vazio ou solidão. E à combinação de vazios e solidões aleatórios e sequenciais. Mas a ilusão é maior que tudo. E o volume de zeros e uns é suficiente para convencer de que há alguma solidez nessas superfícies. Mas os pés não encontram firmeza. A insegurança produz um grito tão virtual quanto todo o resto. O grito volta, que nem e-mail que não pôde ser entregue aos destinatários. Ninguém ouve e, se ninguém nota, então não existe. Não é listado no Google, nem no YouTube. E o tombo é daqueles, do tipo que só pode ser apreciado com várias voltas de scroll. Mas, como são várias unidades caindo simultaneamente pela imensidão do vazio infinito, o referencial adotado por qualquer unidade sempre oferecerá a impressão de inércia, com a qual as unidades se satisfazem. É confortável fazer parte dessa multidão virtual e a insegurança acaba sendo esquecida nos momentos de maiores taxas de serotonina, provocadas pela sensação vazia de inserção. No final das contas, todos acabam se contentando em ter o privilégio de ocupar um lugar nesse espaço virtual. E o eco surdo-mudo se perde em meio ao desconforto produzido pelo deslocamento negativo de uma faísca de consciência crítica autêntica ao longo da massa de pensamento fantoche pré-programado. A tecnologia criou uma sociedade incapaz de formar pares, incapaz de dialogar. Não me prepararam pra essa tecnologia toda. Pra mim, entre zero e um, tanto faz. Não faz o menor sentido. Não sou um computador.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

duzentos e cinquenta e dois

Sandy, a eterna virgem, casou. Até ela! Será que é o momento de começar a me preocupar?

terça-feira, 16 de setembro de 2008

duzentos e cinquenta e um

EU TE AMO.

Tá, isso pode ser mentira. Eu não me arrependeria de mentir sobre isso, mas posso me arrepender de não dizer aos que merecem (ou não).

Sintam-se amados.









Pronto. Agora pode pisar.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

duzentos e cinquenta

Se pra você é "tudo ou nada", "preto ou branco", "oito ou oitenta"... Você precisa se atualizar!

Chegou a maior novidade da tecnologia linguística!

UM ou ZERO

Adote.

domingo, 14 de setembro de 2008

duzentos e quarenta e nove

Vale a pena investir em estabilidade real na era das aparências?

(Ainda pensando no pó do Hives)

sábado, 13 de setembro de 2008

duzentos e quarenta e oito

As inspirações sobram. E oscilam. E refletem. E difundem. E se anulam. E faltam.

Sinal de acústica emocional ruim.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

duzentos e quarenta e sete

Saudade dos tempos em que a palavra "artigo" se referia a, no máximo, 4 caracteres.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

duzentos e quarenta e seis

Tô começando a achar que as maiores certezas são as maiores furadas.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

duzentos e quarenta e cinco

The Hives foi um dos melhores shows da minha vida. Recomendo.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

duzentos e quarenta e quatro

Hate me with passion.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

duzentos e quarenta e três

Tem coisas que não precisam ser ditas at all.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

duzentos e quarenta e dois

É bonito quando as coisas servem aos seus fins.