quinta-feira, 9 de outubro de 2008

duzentos e setenta e quatro

Na boa, o dia que eu encontrar esse tal de Papai Noel, quero ter uma conversinha com ele. O cara viajou quando me deu aquela boneca enorme, que parecia humana: a "Meu Bebê". Se não fosse por essa boneca, meu instinto materno não teria sido semeado. Eu sempre fui moleca, nunca gostei de coisas de "garotinha". E agora encasquetei com essa porra dessa idéia de ter uma família.

A coisa mais surreal do mundo é essa construção social da "mulher-mãe" em oposição, em vez de ao "homem-pai", ao "homem-filho". Porra! Isso é INCESTO! Aí fica a mulher mal-resolvida por não encontrar um macho compatível e o homem, mal-resolvido por não encontrar uma mulher disposta a aturar todas as suas criancices.

Ah, se o meu pai tivesse me dado o tal do Autorama que ele tanto prometeu...

Meus filhos vão brincar de empreendedores. Minhas filhas também. Nada de bonecas e carrinhos. Consumo não realiza ninguém.

("Y soy rebelde!" Jajajaja)

3 comentários:

Lenina disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Lenina disse...

pô, eu brincava de empreendedora!
Eu brincava de negociar revistas da mônica. Cada amigo tinha uma banca de jornal. E a gente inventava promoções pra lutar contra a concorrência. Daí a imaginação era livre. Brincar de revistinha era o que eu mais gostava.
Eu inventava raspadinha, sorteio... E quando uma revistinha ficava rara no mercado, eu metia o preço lá no alto. Era difícil a brincadeira acabar pq era difícil alguma banca quebrar 100%, e às vezes os concorrentes que iam mal, resolviam segurar a grana (do banco imobiliário) pra investir mais tarde e ficavam lendo historinhas...

Quis adaptar esta brincadeira pra minha nova realidade. O novo prédio onde vim morar e só rolou 1 vez. Foi ótimo, mas precisava de muito espaço... Rolou na cobertura de uma vizinha! Foi legal!

Eu tinha um filho... enquanto todo mundo tem a boneca, eu tive o boneco. O Eduardo. Eu adorava ele. Uma vez um olho dele quebrou pq eu briguei com ele e taquei ele no chão, de uma altura considerável. Mas depois minha mãe levou num homem que colocou o olho dele de volta. Ufa.

Eduardo... ele me irritava, mas a gente tinha bons momentos de amor x ódio.

Eu ganhei uma boneca nese meio tempo. Uma boneca q falava e era gordinha. Eu tinha medo dela. Eu achava q ela ia me matar no meio da noite. Depois comecei a achar que o Eduardo ia se vingar de mim também... e aí eu aposentei os bonecos.

Shelly M. disse...

Minhas brincadeiras preferidas eram dar aula pros meus amiguinhos, dirigir as peças de teatro que eu escrevia e gravar programas de rádio que eu inventava. Mas tinham as malditas Barbies pra estragar toda a minha essência. Aí deu nisso. =P