sábado, 4 de outubro de 2008

duzentos e sessenta e nove

Trechos do livro que eu tô lendo que deixaram os meus olhinhos brilhando:

"Habitualmente o autor empírico e o emissor coincidem, como na conversa cotidiana, se o autor do enunciado não estiver mentindo, pois então o eu citado no enunciado é um personagem fictício, que não pode ser identificado com o autor empírico, responsável apenas, caso a mentira seja descoberta pelo interlocutor, pela produção física do enunciado (e pela tentativa de engodo)." (pág 33)

"Faz ainda parte do dispositivo de enunciação a relação que o texto propõe entre enunciador e coenunciador (receptor), que é o lugar onde se manifestam as relações de saber e poder em jogo e que se denomina relação pragmática (p.ex. distância ou cumplicidade, imposição ou liberdade, pedagogia ou compartilhamento de valores entre iguais, superioridade ou nivelamento hierárquico, etc.), que tem papel primordial no estabelecimento ou reprodução das relações e identidades sociais pelos discursos." (pág 36)

Tem textos que me provocam cócegas. Aí eu não resisto às aspas.

PINTO, M. J. Comunicação e Discurso. São Paulo: Hacker Editores, 2002.

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